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Atualmente, a SharpSpring tem 220 clientes, sendo que 95 deles aderiram à plataforma em 2020.

SharpSpring

Martech SharpSpring ajuda agências a faturar mais

Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta
22/04/2021 11:00
A afinidade pela área de marketing levou Eduardo Correia a enxergar gaps que precisariam ser resolvidos para que o setor decolasse no Brasil. Junto de dois colegas – também da área –, ele acreditou ser possível trazer ao país uma ferramenta de marketing automatizado, com referências norte-americanas. Assim nasceu a SharpSpring.
A companhia, que tem bases americanas e está presente em 26 países, foi trazida ao Brasil por Correia e dois sócios, Matheus Linzmeyer e Christine Meder, em 2015. Os três desistiram de uma agência própria para dar continuidade à base local da startup. Nos Estados Unidos, a SharpSpring tem capital aberto na bolsa de Nasdaq e faturou cerca de US$ 22,6 milhões dólares em 2019, um crescimento de quase 50% quando comparado ao primeiro fechamento anual da companhia em 2016, quando faturou US$ 11,5 milhões dólares.
“Sabíamos que criar uma plataforma do zero seria muito custoso”, disse Correia, representante oficial da empresa no Brasil. “Como tínhamos experiência com outros projetos white label (plataformas prontas que permitem personalização), fomos atrás de uma tecnologia estrangeira com potencial de escala no Brasil e a SharpSpring tinha uma ótima proposta”, explica.
A SharpSpring Brasil foca no segmento B2B, atendendo agências de marketing e publicidade que desejam automatizar e melhorar o atendimento aos clientes. Segundo o executivo, o grande diferencial da subsidiária brasileira é a construção de uma operação própria, com time local de desenvolvedores e atendimento direto ao cliente.
“Começamos apenas na área comercial, vendendo o software para agências. Conforme crescemos e percebemos que o mercado brasileiro é bem diferente do americano, criamos uma equipe própria, focada em ensinar nossos clientes a usar a plataforma e expandir por aqui”, conta.

Negócios em alta

O Brasil é hoje o terceiro país com o maior número de clientes da empresa, atrás apenas de Estados Unidos e Inglaterra. Segundo Correia, hoje o Brasil serve de modelo global de negócios para todas as outras subsidiárias da martech.
Atualmente, a empresa tem 220 clientes, sendo que 95 deles aderiram à plataforma em 2020. Na lista, estão quatro agências de marketing que são referência no Brasil: Driven, Opusmúltipla, HSTK, LQDI. O bom desempenho também multiplicou de 5 para 22 colaboradores na startup em um período de cinco anos nos escritórios em Curitiba (PR) e Joinville (SC).
Além do modelo de negócios inovador, um outro fator justifica os resultados positivos da martech por aqui: a tendência de digitalização. Com a ferramenta, as agências podem reunir, em uma única plataforma, os resultados de todas as suas campanhas, como sites e redes sociais, e assim definir as melhores estratégias. “Existe um universo de possibilidades em relação à tecnologia e estratégias de marketing, e nós estamos ajudando essas agências com plataforma e produto, e também com apoio estratégico”, diz.
Planos
Segundo Correia, o maior desafio da startup em 2021 será criar conteúdo em escala para atender os clientes e também aumentar o time de atendimento que atua no Brasil. “É claro que pensamos também em crescimento de mercado, mas no momento estamos tentando ficar cada vez mais próximos dos nossos clientes e concentramos nosso foco em fidelizá-los.
“Em 2021, o time de Sucesso do Cliente também tem uma meta bastante ousada: tornar o engajamento com a nossa base muito mais proativo do que reativo”, afirma Lucas Gualberto, líder da área de sucesso ao cliente da SharpSpring Brasil. Na prática, isso significa menores taxas de cancelamento de contratos. A meta é reduzir a taxa de 2,5% para 2% em 2021.
A empresa também quer aumentar a média de meses que um cliente permanece pagando a mensalidade do serviço e aumentar o contato com a base de clientes para uma hora de consultoria individual por mês.