Kaszek cria dois novos fundos e levanta cerca de US$ 1 bilhão para investimentos em startups da América Latina

Apesar da iminência do fenômeno apelidado de “inverno das startups”, a Kaszek conseguiu convencer uma grande leva de investidores a continuar mirando nas melhores oportunidades de investimento em startups na América Latina. Na semana passada, o fundo latino-americano anunciou o lançamento de dois fundos com foco na região. Juntos, os novos veículos já nascem com algo como US$ 975 milhões.

Segundo a companhia, que atualmente é a mais ativa casa de venture capital no Brasil e no México, os fundos nascem da “demanda global em excesso” e do interesse crescente por parte de empreendedores experientes, investidores qualificados de tecnologia e fundações filantrópicas.

Os fundos Kaszek Ventures VI e Kaszek Ventures Opportunity III se diferenciam no que diz respeito ao tamanho dos cheques e à maturidade das futuras investidas. No primeiro deles, o montante de US$ 540 será dedicado ao early stage, com foco em rodadas seed, série A e B. Já o segundo fundo, de US$ 435 milhões, mira empresas em estágios posteriores e com investimentos de US$ 10 a USS$ 50 milhões.

Com os novos fundos, a Kaszek nada de braçadas em um contexto não tão amigável a investidores habituados a aportar valores consideráveis em empresas de tecnologia. Os dois novos veículos fazem a firma latino-americana somar US$ 3 bilhões, divididos em nove fundos de estágio inicial e em oportunidades mais avançadas. No histórico da Kaszek, estão investimentos em unicórnios como Creditas, Nubank, Nuvemshop, Kavak, entre outros. Ao todo, a companhia já investiu US$ 15,5 bilhões em mais de 120 empresas.

Segundo a companhia, os novos fundos expressam o interesse contínuo de investidores no setor tecnológico na América Latina e o otimismo em relação ao surgimento de novas empresas líderes no mercado, a despeito da atual crise. “A Kaszek fecha dois novos fundos, validando a confiança que os investidores globais têm na evolução positiva que o ecossistema empreendedor teve na região e na crença de que as empresas tecnológicas líderes das próximas décadas surgirão e/ou se consolidarão neste novo ciclo de mercado”, disse a Kaszek, em nota.