Mobilidade elétrica
Startup de mobilidade Leoparda Electric levanta US$ 8,5 milhões para democratizar motos elétricas no Brasil
A Leoparda Electric quer revolucionar o mercado de mobilidade elétrica na América Latina, a começar pelo Brasil. A startup, que é fruto dos esforços empreendedores de Jack Sarvary e Billy Blaustein, dois executivos com bagagem em empresas como Tesla e o unicórnio colombiano Rappi, acaba de captar US$ 8,5 milhões para tirar as ideias do papel e criar um serviço de motos elétricas para entregadores.
O aporte foi liderado pela gestora de capital de risco Monashees e pelo fundo americano Construct Capital, focada em hardware e mobilidade. A rodada também contou com a participação da Claure Capital, Auteco (principal importador de motos da Colômbia), K50 Ventures, Climate Capital, além de investidores anjos que incluem fundadores, CEOs e executivos de startups relevantes no Brasil e América Latina, como Rappi, Tesla, Uber, Kavak, Kovi, entre outras.
A Leoparda Electric, que chega ao mercado em 2022, nasceu da ideia da Sarvary, ainda na Rappi, de impactar motociclistas entregadores e fazê-los aderir a veículos elétricos para reduzir impactos ambientais e também gerar economia em combustíveis e manutenção. Ao lado dele está Billy Blaustein, executivo com cinco anos de experiência como gerente geral na Tesla, onde liderou grandes equipes em operações, a rede de “Super Chargers”, e a venda dos carros usados. Anteriormente, foi responsável pelo lançamento do Uber tanto no Brasil quanto no México.
Diante disso, a proposta da startup é democratizar o acesso a motos elétricas, criando uma extensa rede de carregamento que permitirá a substituição de baterias usadas por outras completamente carregadas. Em outra ponta, a empresa promete custos menores, o que deve facilitar a escolha de motociclistas, ainda que não entregadores. “As motos elétricas são excelentes oportunidades nesse sentido, pois não somente removem veículos poluentes das ruas, mas também reduzem bastante o custo de mobilidade da população que, por vezes, não tem muitas alternativas”, afirma Sarvary, cofundador e CEO da empresa.
Neste primeiro momento, a Leoparda Electric começará implementando sua rede na cidade de São Paulo, e pretende fazer parcerias com grandes players do mercado, especialmente empresas de entregas que contam com a mão de obra de entregadores que são motociclistas. “Mudando para o modelo elétrico, essas pessoas vão economizar bastante, já que R$ 10 de gasolina equivale ao mesmo número de quilômetros percorridos que um entregador pode ir com só R$ 1 de energia elétrica”, pontua Billy Blaustein.
A Leoparda Electric espera chegar a US$ 1 milhão de receita anual no seu primeiro ano de operação. Com os novos recursos captados, a ideia é apostar na contratação de profissionais globais, de desenvolvedores de software a executivos que possam dar início à operação brasileira da empresa.