Tecnologia
Câmera termográfica com reconhecimento facial tem alta de 300% em empresa de segurança
Imagine uma ida ao supermercado em que, na entrada, você esquece do álcool gel. Em poucos segundos, você ouve seu nome no alto-falante próximo de onde está pedindo para que higienize as mãos. A pandemia do novo coronavírus potencializou um nicho de mercado que antes era mais restrito à segurança, fazendo com que câmeras passem a ter multiplicas funções em um só equipamento. Reconhecimento facial, medição de temperatura, contagem de pessoas no ambiente, medição do distanciamento, identificação do uso de máscaras e áudio direcional são alguns exemplos de funcionalidades que podem integrar um mesmo dispositivo.
Através de uma estratégia de redução de custos do equipamento e multiplicação das possibilidades de uso dessa tecnologia, a empresa L8 Automation, braço do L8 Group, viu aumentar a venda de câmeras termográficas em até 300%. O equipamento tem precisão de 0,3°C e pode ser usado em qualquer ponto de deslocamento de pessoas: ônibus, condomínios, empresas, aeroportos.
“Uma cidade do interior que recebe visitantes por rodoviária pode fazer a leitura de temperatura de quem está desembarcando, por exemplo, fazendo um controle do fluxo migratório de quem está com sintomas de Covid-19”, relata Leandro Kuhn, CEO do L8 Group.
O CEO acredita que, a partir da experiência adquirida durante a pandemia, empresas vão continuar tomando os mesmos cuidados para evitar futuras contaminações. "Se você passa a adotar essa medida, toda vez que passarmos por uma situação similar o vírus é bloqueado ainda no início [de uma possível epidemia], muito antes de impactar e sobrecarregar o sistema de saúde", aponta.
Além disso, segundo ele, já é possível indicar algumas das novas tendências no setor. É o caso do controle de acesso por biometria – no qual é necessário encostar a digital, que cada vez mais dará lugar ao reconhecimento facial, reduzindo as possibilidades de contágio.