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Gatefy

Curitibanos investem R$ 3 milhões em pesquisa para lançar startup de cibersegurança

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
31/01/2020 16:00
Para lançar uma startup de cibersegurança em Curitiba, Felipe Guimarães teve muito mais do que uma boa ideia de negócio. O engenheiro da computação foi audacioso para investir R$ 3 milhões, entre recursos próprios e de seu sócio, em pesquisa e desenvolvimento e para enfrentar um mercado dominado majoritariamente por players estrangeiros, como Trend Micro, Proofpoint e Cisco. Há três ano no mercado, a Gatefy chegou a negar aporte estrangeiro para se estruturar de forma independente — dinheiro que a empresa planeja aceitar a partir deste ano, quando deve dobrar de tamanho.
Felipe Guimarães, CEO da Gatefy. Foto: Divulgação
Felipe Guimarães, CEO da Gatefy. Foto: Divulgação
Segundo Guimarães, que trabalhou por uma década com cibersegurança, a equipe da Gatefy estudou inteligência artificial, big data, engenharia reversa de malwares e aprendizado de máquinas para entender como os vírus agem, por exemplo, e combater o cibercrime. “Entramos no mercado brasileiro com produto e preço agressivo para competir com japoneses, israelenses e norte-americanos”, afirmou o CEO da startup.

DeCuritiba, ao mundo

O investimento em pesquisa já rendeu frutos à startup no exterior. No ano passado, a empresa recebeu uma proposta de aceleração de um hub de Luxemburgo, mas o projeto foi postergado por Guimarães. Este ano, com o produto consolidado, a Gatefy deve retomar o contato e buscar outros investimentos para expandir suas operações na América Latina e nos EUA. “Vamos registrar nosso primeiro crescimento real este ano. Devemos passar de 20 funcionários para 50 até dezembro, e estamos em negociação com um data center da Itália”, adiantou o CEO.
Com o negócio estruturado, Guimarães agora se prepara para enfrentar um novo desafio: mostrar ao consumidor que o Brasil também investe em inovação e possui tecnologia tão avançada quanto a de países de primeiro mundo. “Nossos concorrentes nasceram numa época em que a demanda era uma, e hoje ela é outra. As startups nasceram exatamente para transformar o mercado”, avaliou o curitibano.