Poder feminino
Redpoint eventures nomeia primeira sócia operacional mulher
Um novo talento acaba de integrar o quadro de líderes da Redpoint eventures, gestora de venture capital que investe em startups da América Latina e opera no Brasil e no Vale do Silício (EUA): a curitibana Carolina Strobel, primeira líder mulher do time. Advogada por formação, ela atua como operating partner (sócia operacional) com foco na estratégia de talentos, desenvolvimento de negócios das startups e em iniciativas ligadas ao âmbito jurídico e de relações com investidores do fundo.
Carolina trabalhou por quase 17 anos no setor jurídico da Intel
Capital para América Latina, braço da companhia para venture capital, private equity e fusões e aquisições, e dois anos como diretora
de inovação da varejista Restoque. Também já foi membro do conselho da ABVCAP (Associação
Brasileira de Private Equity e Venture Capital) e hoje atua como conselheira da Anjos do Brasil,
entidade de fomento ao investimento anjo.
Capital para América Latina, braço da companhia para venture capital, private equity e fusões e aquisições, e dois anos como diretora
de inovação da varejista Restoque. Também já foi membro do conselho da ABVCAP (Associação
Brasileira de Private Equity e Venture Capital) e hoje atua como conselheira da Anjos do Brasil,
entidade de fomento ao investimento anjo.
“Estamos na fase da multiplicação, quando empreendedores de sucesso voltam a empreender e lançam outras startups. O momento é sensacional para venture capital porque há liquidez. A falta de investimento é que segura a inovação”, avaliou Carolina, citando Paulo Veras, fundador da 99, e Caio Fiuza, sócio da Stone.
A taxa básica de juros e a recuperação econômica, segundo a advogada, contribuem para que 2020 seja ainda melhor que 2019, embora não garantam a formação de novos unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). “Se estamos recebendo mais investimento e temos mais profissionais qualificados, temos de ter mais sucesso. Obviamente, dependemos do contexto macroeconômico, mas estamos fazendo nossa lição de casa”, analisou.
Entre as startups que Carolina destacou como possíveis unicórnios de 2020 estão Olist, Pipefy, Juno e MadeiraMadeira — todas elas curitibanas. “Temos exemplos incríveis de startups no Paraná. Tenho certeza que teremos outros unicórnios em Curitiba além do Ebanx”, orgulha-se a executiva da Redpoint eventures, cocriadora do Cubo Itaú, maior hub de empreendedorismo da América Latina.
Mulheres no venture capital
Mas não é só a experiência em inovação de Carolina que chama atenção do mercado. Sua perspicácia deve garantir não só decisões mais assertivas à empresa, como resultados financeiros melhores. “No setor de venture capital há poucas mulheres em cargos de liderança, embora nosso olhar diferenciado seja importante para o portfólio. A diversidade é crucial para a tomada de decisão e traz mais valor econômico para as empresas.”
Um estudo da LAVCA (Associação Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital) aponta que as mulheres ainda têm pouca representação em investimentos early stage (fase inicial) tanto na América Latina como globalmente. Além disso, apenas 17% das startups que receberam este tipo de aporte têm uma cofundadora.
Venture capital não é apenas assinar um cheque. É construir inovação e investir em pessoas.
O processo é demorado e há uma grande cadeia de colaboração. O investidor aprende com a empresa e a empresa, com o investidor”, concluiu Carolina.