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O evento é realizado na Ásia, Europa e nos EUA.

Money 20/20

Brasil e México serão destaque no maior evento de fintechs do mundo

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
13/03/2020 22:35
O Brasil conta atualmente com aproximadamente 1 mil fintechs, entre startups de pagamento, crédito e análise de risco, que devem gerar até US$ 24 bilhões nos próximos dez anos, segundo relatório do grupo Goldman Sachs. Com o aumento no número de unicórnios do setor, como Nubank, Stone e Ebanx, cresce também o interesse de empresas e investidores estrangeiros em startups financeiras brasileiras.
Esse é o caso da Money 20/20, organizadora de um evento global sobre o mercado financeiro e de pagamentos, que desde 2019 retrata o cenário da América Latina em painéis específicos para aproximadamente 10 mil pessoas e vai explorar com mais profundidade os mercados brasileiro e mexicano em outubro, na edição de Las Vegas (EUA).
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Em sua primeira visita ao Brasil, Monique Ruff-Bell, diretora de eventos da empresa norte-americana, conheceu as particulares do mercado financeiro do país, como a opção de pagamento por boleto, que não existe nos EUA, e as principais fintechs brasileiras. “Os EUA podem aprender muito de inovação com o Brasil porque os brasileiros são muito rápidos em adotar novas tecnologias”, afirmou a norte-americana.
Em viagem por países marcados pelo crescimento de fintechs, Monique adiantou que seu segundo e último destino na América Latina será o México. “Os EUA estão analisando o que está acontecendo no mundo, em busca de novas soluções. São como fórmulas secretas: eles querem investir em fintechs estrangeiras para levar esses segredos para lá”, comparou ela.
Confira
bate-papo exclusivo do GazzConecta com a executiva abaixo:
Qual a importância do Brasil para o Money 20/20?
Enorme.
Vim ao Brasil pela primeira vez para conhecer a complexidade das startups e do
mercado financeiro. Assim, posso desenvolver conteúdo de qualidade para o Money
20/20 sobre o país e firmar parcerias com empresas brasileiras. Descobri, por
exemplo, que os brasileiros utilizam muito o boleto para pagar contas,
principalmente quem não tem conta bancária. Nos EUA, é possível apenas pagar
conta apenas com dinheiro ou cartão de crédito. No ano passado, por exemplo,
criamos painéis específicos sobre a América Latina e esse ano não será
diferente. Decidi visitar o Brasil e o México porque são os países latino-americanos
mais interessantes para nós no momento, em termos de negócios.
Qual a sua avaliação sobre as fintechs brasileiras e o ecossistema de inovação do Brasil?
Podemos
garantir que as fintechs estão crescendo pela quantidade de  investimento
que estão recebendo dos EUA, e do interesse de grandes players. Os fundos não
investiriam milhões de dólares em negócios que não fossem viáveis e se a
economia não fosse forte. Acredito que haverá ainda mais oportunidades na
América Latina, principalmente no Brasil.
Também
vejo um enorme potencial para troca de conhecimento entre diferentes regiões.
No evento, por exemplo, startups da África podem aprender com startups da
América Latina. É tudo sobre troca de informação. O que é interessante no
mercado de fintechs é que o que deu certo hoje pode não dar certo amanhã, então
o conhecimento tem de ser sempre renovado.
Em termos de investimentos de fintechs, quais segmentos você vê mais chance de crescimento no Brasil?
Vejo um
futuro promissor para qualquer fintech que esteja focada em pagamentos por
aproximação e carteiras digitais — que estimulam as pessoas a não utilizarem
mais dinheiro em papel. E isso não só no Brasil, mas no mundo todo. O
coronavírus, inclusive, ressaltou a importância dessa tecnologia. Startups que
ajudam as fintechs a realizarem esse trabalho melhor também vão decolar junto,
como as de segurança e antifraude.
Como estão fintechs brasileiras em relação às dos EUA?
Os EUA podem aprender muito de inovação com o Brasil porque os brasileiros são muito rápidos em adotar novas tecnologias. A gente trabalha muito com regulação em nosso país, mas não somos tão ágeis. O que os grandes bancos brasileiros estão fazendo em parceria com startups que trabalham com métodos ágeis serve como exemplo para o mundo.
Os EUA estão analisando o que está acontecendo no mundo, em busca de novas soluções. São como fórmulas secretas: eles querem  investir em fintechs estrangeiras para levar esses segredos para lá.

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