É muito provável que você, que está lendo este artigo agora, em algum momento de sua vida, já passou horas, gastou muita energia e paciência buscando informações a fim de agregar um pouco mais de conhecimento para estruturar um relatório, uma apresentação, uma palestra. Esta busca pode ser lendo um livro, fazendo aquele curso de ensino superior ou de extensão, um curso online gratuito, dando uma “googlada”, assistindo a um vídeo no Youtube, ouvindo um podcast etc.
Irei utilizar uma imagem que gosto e uso muito em algumas palestras. Esta imagem possui 4 passos com 4 resultados respectivos. Passo 1: imagine que possa ser possível você abrir um livro, chacoalhá-lo e todas as letras caírem no chão. O que você terá neste amontoado de letras? Resultado 1: Dados. Passo 2: em seguida você pode pegar estas letras e organizá-las em frases, parágrafos, capítulos; recompondo novamente o livro, o que temos então? Resultado 2: Informações. Passo 3: depois de recompor o livro, iremos lê-lo, e por consequência, cruzar com experiências e vivências que já temos acerca do que está ali escrito e construiremos algo novo. Temos a partir daí o Resultado 3: Conhecimentos. Passo 4: por conseguinte, iremos para o último passo que, alguns concluem, é a aplicação desses novos conhecimentos. E o que ele gera? Resultado 4: Sabedoria.
Moral da história: podemos concluir que a Educação é o novo conhecimento gerado, a partir do cruzamento com minhas experiências e vivências, mas a Aprendizagem, de fato, se faz na ação, na aplicação desse conhecimento; é quando nos tornamos sábios.
Estamos vivendo um período de aprendizagem muito singular neste século, principalmente por conta da velocidade do surgimento de novas tecnologias e meios de propagação dos dados e das informações. Antigamente, os sábios eram representados, normalmente, por uma figura de um velhinho, com barba comprida, não é mesmo? Porém, hoje em dia, não necessariamente a sabedoria está atrelada somente à idade; percebemos nos Passos acima que a sabedoria está muito mais vinculada à Ação do que ao tempo decorrido. E é na capacidade de agir que tenho a capacidade de alavancar meu aprendizado.
Agir naquela conversa que não tive com meus filhos hoje pela manhã, pois estava atrasado; agir na troca de ideias no trabalho com meus colegas e com meu chefe; agir no “bom dia” e na conversa que fiz com o porteiro do meu prédio; agir, iniciando o estudo de um novo idioma. E por aí vai.
A partir daqui entro no terceiro conceito: Conexão - e porque, atualmente, ela é tão importante para os dois anteriores: Educação e Aprendizagem.
Interessante pontuar que, na tecnologia da informação, conexão se refere à “capacidade de estabelecer uma ligação entre dois ou mais dispositivos, permitindo a troca de informações e comunicação entre eles”.
Na verdade, quero explorar neste artigo um outro conceito de Conexão, aquela que está vinculada a Pessoas, à Gente!! Irei iniciar com uma provocação: você conhece seus Limites e seus Potenciais? E não estou falando daqueles limites, “ah, não consigo falar em público, fazer uma palestra então, nem me fale”. Me refiro a limites e potenciais muito mais profundos - que chegam a ser filosóficos. “Porque tenho dificuldade para aprofundar meu conhecimento acerca de um tema X”? “Qual o meu propósito nesta empresa”? “Qual o meu propósito nesta Família”? Você já pensou nisso?
E, digo mais, você somente será capaz de compreender, verdadeiramente, os limites e potenciais do “Outro” (quem está caminhando com você – Família, colegas de trabalho etc.) e das “Coisas” (utilização da Tecnologia, saúde financeira etc.) se compreender melhor, primeiramente, os seus próprios limites e potenciais.
É aí que entra o conceito de Conexão que eu quero trabalhar: só consigo verdadeiramente me Conectar com o “Outro” e com as “Coisas” se, primeiro, me conectar, de fato, comigo mesmo!! Caso eu não consiga, estarei somente em um nível raso, que é o nível da Relação, Relacionamento.
Vou deixar aqui um exercício que pode lhe ajudar muito nesta conexão consigo mesmo - algo que aprendi com um grande amigo há muito tempo. Ele disse: “Meu filho, se você conseguir realizar este exercício, todos os dias, por 10 minutos, durante 1 ano, sua vida se transformará completamente”. O problema é a tal da disciplina, ainda não consegui chegar aos 365 dias ininterruptos; mas estou em processo!
De qualquer forma, segue a dica: procure o melhor horário e local para você, dentro de sua rotina de vida e, de frente para um espelho, sozinho, pergunte a você mesmo: O que é que eu fiz por mim hoje? Após alguns minutos desta reflexão, pergunte: O que eu deixei de fazer por mim hoje?
Meus Amigos e minhas Amigas, vocês não têm noção dos impactos deste processo, a médio e longo prazo.
Bem, alguns dirão que “filosofei” demais, outros que “viajei”; mas se você conseguiu se “conectar”, um pouco que seja, a esse conceito, fico feliz.
Aliás, está aí outro tema para explorarmos no próximo artigo e que está vinculado ao processo de Educação e Aprendizagem: FELICIDADE.